O deep fake é um recurso oriundo da inteligência artificial que permite a criação de vídeos falsos. Diferentemente do que você está pensando, esses vídeos parecem ser muito realistas, levando algumas pessoas a realmente acreditarem em seus conteúdos.
Ou seja, o deep fake não é uma mera edição de vídeos. Com ela, é possível recriar pessoas em uma filmagem, fazendo coisas que elas não fizeram ou falaram, por exemplo.
Claro que alguns conteúdos são meramente divertidos. Como um vídeo em que o presidente Donald Trump dos EUA faz uma performance musical ao lado da sua então concorrente Hillary.
Acontece que, na maioria das vezes, esse recurso é utilizado de maneira criminosa. Isso acontece, principalmente, com pessoas públicas.
A técnica já foi utilizada desde contextos políticos até vídeos pornográficos.
Por isso, é muito importante que você conheça essa técnica e saiba diferenciar as produções artificias de fatos reais. Afinal, é muito chato espalhar notícia falsa por aí, não é mesmo?
Além do mais, isso pode prejudicar a sua imagem e a do seu negócio, caso venha compartilhar esse tipo de material. A dica é sempre conferir a fonte e a veracidade dos conteúdos que você deseja reproduzir.
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Deep Fake: onde surgiu?
O termo deep fake surgiu primeiramente na comunidade Reddit, que é uma rede social para compartilhar conteúdos. Em 2017, um usuário com o nome Deepfake usou a comunidade para compartilhar vídeos pornográficos utilizando rostos de famosas. Claro que as celebridades escolhidas nunca foram atrizes pornô.
Logo, o termo se popularizou na internet e passou a nomear produções que utilizam esse tipo de tecnologia.
Deep Fake: como são criados
Para a criação dos deepfakes, o usuário precisa utilizar um software de código aberto, como o Tensorflow, criado pelo Google. Esses sistemas são voltados para o aprendizado de máquina, ou seja, machine learning.
Para criar o vídeo falso, o programador alimenta o programa com várias imagens e vídeos de uma pessoa que ele deseja “clonar” a face. Logo, o computador começa a processar essas imagens até aprender tudo sobre aquele rosto.
Pronto! A máquina já sabe como aquele rosto se movimenta, como ele reage a luz, como a boca abre e tudo mais. Depois que o computador aprendeu, um rosto artificial é criado e basta transportá-lo para o vídeo que deseja editar.
Isso parece um processo complexo e que existe muito conhecimento, porém não é. Quando surgiram as deepfakes, realmente era necessário entender sobre programação para alimentar o software e realizar as edições.
Hoje, qualquer usuário pode criar sua deep fake com ajuda de um aplicativo. Já existem vários apps disponíveis no mercado, como o Reface App, que popularizou a produção e distribuição de deep fakes nas redes sociais.
Deep Fake: dilemas sociais
A inteligência artificial está cada vez mais desenvolvida e criando funções que não imaginaríamos que existiriam há 5 anos. A deep fake é uma dessas criações.
Assim como acontecem com as fake news, os vídeos manipulados por tecnologia artificial vêm convencendo muitas pessoas. Nem todos tem acesso à informação e conhecem o que rola no mundo da tecnologia, sendo facilmente enganados por esse tipo de conteúdo.
Para potencializar ainda mais o efeito negativo, redes sociais como WhatsApp e o Facebook de Mark Zuckerberg são fontes massivas de distribuição de deepfakes, onde muitos usuários não conseguem discernir o que é vídeo real do vídeo com edições.
Nossa dica para reconhecer um deep fake é prestar atenção nos movimentos dos olhos. Normalmente, os programas não conseguem reproduzir com satisfação as piscadas e olhares.
Além do mais, é bom desconfiar sempre que um vídeo envolver um assunto polêmico com uma pessoa famosa. Aqui, vale a pena pensar: se essa pessoa realmente tivesse feito tal coisa, já não estaria sendo noticiado nos jornais?
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Deep Fake: o uso para o bem
Nem tudo está perdido! A maioria das invenções tecnológicas foram criadas para serem úteis. O problema é quando elas caem nas mãos de pessoas mal-intencionadas.
Voltando ao nosso tema, a tecnologia de aprendizado já é utilizada por todos nós. A Apple e a Samsung já utilizam a tecnologia na criação de emojis, onde os usuários podem adaptar suas figurinhas de acordo com o seu avatar.
Filtros do Instagram e também do Snapchat utilizam o recurso para divertir os seus usuários. É o caso das opções de mudar de rosto com um amigo ou até mesmo ver como você ficaria na versão sexo oposto.
O mercado tecnológico prevê o aperfeiçoamento do deep learning. Em um futuro próximo, é possível que esse recurso ajude as filmagens cinematográficas com efeitos especiais, por exemplo.
Deep Fake: como se proteger?
Em geral, todos estamos suscetíveis a acabar presos em um deep fake. Porém existem alguns cuidados que você pode tomar para se proteger.
O principal é: evite compartilhar seus vídeos com estranhos, ou publicá-los de forma aberta em suas redes sociais. Sem uma base de dados extensa é mais difícil recriar o seu rosto com perfeição.
Além do mais, você pode fazer parte do outro lado da luta. Se ao receber um vídeo, conseguir identificá-lo como um deep fake, não compartilhe!
Essa é a melhor forma de combater conteúdos falsos na internet.
Agora, para finalizar nosso conteúdo, me diz se você já conhecia o termo deep fake? Caso positivo, deixa um “joinha” para nós aqui nos comentários.